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Alta do dólar terá vida curta euro segue favorecido

O recente brilho do dólar vai diminuir à medida que a força da economia norte-americana e a taxa de juros mais alta não darem suporte para a moeda por mais de três meses no máximo, segundo pesquisa da Reuters.


Depois de cair mais de 2 por cento no primeiro trimestre, em abril o dólar teve seu maior ganho mensal desde novembro de 2016, recuperando essas perdas e agora está em alta de quase 1 por cento no ano contra uma cesta de moedas.






Mas os mais de 60 estrategistas de câmbio consultados entre 3 e 9 de maio preveem que o dólar será mais fraco em um ano, deixando o euro cerca de 7 por cento mais alto a partir
de onde está agora.

"Analisando os três principais guias desse movimento do dólar, e sua natureza temporária, significa que não vemos muito mais espaço para o dólar em alta", observou o estrategista de câmbio do ING, Viraj Patel.

"Aumentamos modestamente nossas projeções do dólar para o terceiro trimestre, mas continuamos convencidos de que até o final do ano, e até 2019, as forças estruturais levarão o dólar a níveis mais fracos do que os negociados atualmente", acrescentou.

Mais de dois terços dos 66 entrevistados que responderam a uma pergunta adicional disseram que o recente ressurgimento do dólar não duraria mais do que três meses, incluindo 20 por cento que esperavam um mês.

As respostas a outra pergunta mostraram que mais de 60 por cento dos 55 que responderam disseram que os riscos para as previsões do dólar estão mais altas nos próximos três meses. 

No entanto, em consonância com a visão mais fraca do dólar nas pesquisas da Reuters desde o início do ano passado, os estrategistas novamente previram que o dólar cairá no próximo ano em relação à maioria das principais moedas.

Isso sugere que o último aumento da moeda norte-americana é parcialmente impulsionado pelos especuladores. "Quando dissecamos a anatomia dessa correção do dólar contra a cesta, achamos que ela exibe todas as características de um aperto curto. O posicionamento foi claramente esticado", acrescentou Patel.

Os dados econômicos dos EUA foram em grande parte positivos e reforçaram a perspectiva de novos aumentos de juros do Federal Reserve, que devem elevar os juros em 0,25 ponto percentual em junho e repetir o movimento mais duas vezes em 2018.

Ao mesmo tempo, há sinais claros de que as economias da zona do euro e britânica estão esfriando.

Autor: Por Shrutee Sarkar e Rahul Karunakar - REUTERS TH PD