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Celulose Riograndense retoma produção após três meses

Alvo do maior investimento privado recente no Estado, planta nova havia parado por defeito em caldeira


Depois de uma parada de quase três meses, a Celulose Riograndense retomou as operações no último final de semana. A unidade de Guaíba preparou a volta ao trabalho e programou para a tarde desta segunda-feira (6) o reinício da produção efetiva de celulose. É uma antecipação de cinco dias em relação à previsão de retomar a atividade até 11 de novembro.

Com evidente alívio, Walter Lídio Nunes, presidente da empresa, afirma que a estimativa é atingir a capacidade total da unidade em duas ou três semanas. No retorno da atividade, é possível encurtar o prazo entre o início da produção e a plenitude, diferentemente da primeira partida desse tipo de planta, que exige mais tempo. 

Durante a parada, afirma Nunes, a empresa buscou reduzir o impacto nos profissionais, tanto os cerca de mil diretos quanto nos cerca de 3,7 mil indiretos. Houve intensificação de treinamentos de segurança e reciclagem técnica, especialmente entre os funcionários próprios, e remanejamento de operações florestais, comerciais e portuárias.

– Procuramos fazer do limão uma limonada e, especialmente, fizemos um esforço para reduzir o impacto e os desdobramentos sobre as pessoas – diz Nunes.

Não houve corte de pessoal durante a longa parada que, conforme cálculos da empresa, gerou quebra na produção de 400 mil toneladas de celulose. Entre falta de produto para venda e os reparos na caldeira, a perda é estimada em US$ 200 milhões. Esse prejuízo deve ser coberto por apólise de seguro em vigor na data do incidente. Segundo Nunes, a forma de compensação ainda está em negociação. A opção da empresa foi por reformar completamente a máquina que apresentou problemas. 

O defeito ocorreu em uma caldeira da planta 2 da Celulose Riograndense, que havia sido ampliada em mais de três vezes no maior investimento privado recente no Estado, que passou de R$ 5 bilhões. A capacidade foi elevada de 450 mil toneladas para 2 milhões de toneladas ao ano. A companhia também havia equipado o porto de Pelotas para permitir transporte fluvial de madeira e celulose.

Fonte: Zero Hora