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Cinco fatos que vão mexer com a economia na semana

As atenções na semana estarão voltadas para a evolução da mais recente crise política, que tem o presidente Michel Temer como personagem central, e suas repercussões sobre a economia, em especial sobre o andamento das reformas econômicas. A avaliação entre analistas é de que o governo Temer está enfraquecido e isso aumenta o nível de incertezas, o que deve manter elevada a volatilidade nos mercados financeiro e de capitais.

Em razão desse quadro, ponderam, o andamento das reformas previdenciária e trabalhista deve sofrer algum atraso.

“Apesar de não haver clareza sobre a evolução da crise, o governo parece mais fragilizado diante de uma reforma complexa e polêmica, elevando o nível de incertezas na economia”, avaliaram, em relatório, os analistas do Banco Votorantim.

Na agenda econômica, estão previstas a divulgação de dados sobre o quadro fiscal do país, como a posição da dívida mobiliária na quarta-feira e, na sexta-feira, a do setor público consolidada.

No exterior, o Federal Reserve (Fed) divulga a ata da última reunião do comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês), que decidiu por manter os juros na faixa de 0,75% a 1% ao ano. O documento pode confirmar a expectativa de um aumento na reunião de junho.


DIA 22 - CRISE POLÍTICA
Enfraquecido pelo conteúdo das delações premiadas de Joesley Batista e outros executivos da JBS, o presidente Michel Temer (PMDB) deve trabalhar para evitar um esvaziamento da base aliada. As negociações para garantir a aprovação das reformas ficam mais difíceis.

DIA 24 - EUA
O Federal Reserve (Fed, o bc americano), comando por Janet Yellen, divulga a ata da reunião que mante os juros entre 0,75% a 1% ao ano. A expectativa é que o documento indique um cenário favorável para uma elevação de 0,25 ponto percentual na reunião de junho.

DÍVIDA PÚBLICA
O Tesouro Nacional irá divulgar os dados relacionados à dívida pública federal interna e externa referente ao mês de abril. O documento deve indicar uma redução dos custo da dívida, dado o ciclo de redução da Selic.

DIA 25 - CRÉDITO
O Banco Central (BC) publica os dados referentes ao mercado de crédito do mês de abril. Se os dados continuarem a mostrar uma estabilidade ou controle da inadimplência, é possível ver alguma melhora nos spreads (diferença entre a taxa de captação dos bancos e o valor cobrado dos clientes)

DIA 26 - SETOR PÚBLICO
O BC divulga os dados do setor público consolidado. A arrecadação mais fraca que o esperado deve fazer com que o déficit primário (gastos acima da arrecadação) continue em patamares elevados, assim como a relação entre dívida e PIB.

Fonte: Extra