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Cenário para o Dólar

Quando o assunto é câmbio, as coisas funcionam de forma muito dinâmica. A cotação do dólar neste exato momento é diferente da que foi um mês atrás e da que será um mês à frente. Durante os últimos anos, por exemplo, rodamos dentro de um intervalo de cotações extremamente amplo, entre R$ 1,50 e R$ 4,20.

E que tal acrescentar a este cenário já difícil de prever um homem como o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump? Não sabemos, e nenhum economista honesto dará esta resposta. Ficou ainda mais difícil fazer previsões após a vitória de Trump, que surpreendeu ao ser eleito e, agora, representa uma grande interrogação sobre a maior economia do planeta. Por sinal, assim como no Brexit, quando todos esperavam a permanência do Reino Unido na União Europeia, o resultado acabou contrariando as expectativas…

A boa notícia é que não precisamos fazer previsões para decidir se compramos ou não a moeda estrangeira. Afinal, SEMPRE fará sentido ter um pouco de dólares em sua carteira de investimentos. A moeda americana funciona como um porto seguro contra diversas espécies de crises – sejam elas crises internacionais ou domésticas. Ou seja, quando as coisas ficam ruins e a aversão ao risco aumenta, o valor do dólar sobe. Afinal, todos preferem apostar na economia dos EUA do que em mercados emergentes.

No dia anterior à eleição, quando todos esperavam que a candidata Hillary Clinton ganharia, o preço da moeda americana caia aqui no Brasil. Um dia após a confirmação da eleição de Donald Trump, a moeda disparou! Mesmo assim, essa flutuação não demorou muito a se normalizar. Pensando no longo prazo, Trump não será mais uma questão relevante. Ele será engolido pelo establishment e pelas instituições americanas. Historicamente, os republicanos sempre foram mais alinhados com práticas pró-mercado.

Aos poucos o mercado vai perceber: o marketing das promessas de campanha de Donald Trump era… só marketing! Por isso, como regra, a exposição ao dólar reduz a volatilidade do portfólio e alivia a sensibilidade a choques. Essa relação é especialmente válida diante de um cenário de escalada dos juros nos EUA, em que a remuneração sobre ativos dolarizados tende a aumentar.

Fonte: Empiricus