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Exportações prejudicadas por falta de competitividade

"Mesmo com a desvalorização experimentada pelo real desde 2015, fabricantes brasileiras não conseguem vender suas motos ao mercado externo", diz Abraciclo



Enquanto as montadoras de automóveis e veículos pesados têm ampliado as exportações para compensar a queda no mercado interno, as fabricantes de motocicletas não têm conseguido trilhar este caminho. As vendas ao exterior, que caem 4,7% no acumulado do ano até setembro, são prejudicadas pela falta de competitividade das fabricantes brasileiras no mercado sul-americano.

De acordo com o presidente da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), Marcos Fermanian, mesmo com a desvalorização experimentada pelo real desde 2015, as fabricantes brasileiras não conseguem vender suas motos ao mercado externo a um preço inferior ao praticado pelas fabricantes asiáticas, que dominam o abastecimento do mercado sul-americano, que é o principal destino das exportações brasileiras. "Há uma discussão com o governo de tentar tomar medidas que reduzam os preços das motocicletas brasileiras no mercado sul-americano. Além disso, pedimos que haja um movimento governamental com governos de outros países da América do Sul para que eles se equiparem às exigências brasileiras de segurança (nas motos vendidas)", disse.

De acordo com o executivo, só a Argentina representa entre 70% e 80% das exportações brasileiras, com o restante espalhado pelos demais países da América do Sul. "É um mercado interessante, com potencial grande. Estimamos que o tamanho do mercado da América do Sul seja 1,5 maior que o mercado brasileiro", comentou.