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Queimadas causaram 90 interrupções no fornecimento de energia entre janeiro e julho de 2016


Erechim e Caxias do Sul são os municípios que concentram o maior número de ocorrências por conta de queimadas

Caxias do Sul, 16 de agosto de 2016 – As queimadas na zona rural, quando observadas as normas técnicas, são aparadas pela legislação do Rio Grande do Sul. Entretanto, a prática criminosa deste mecanismo de controle de pragas do campo e incêndios provocados ou acidentais causaram, nos sete primeiros meses deste ano, 90 interrupções no abastecimento de energia elétrica na área de concessão da Rio Grande Energia (RGE). Erechim foi a cidade com o maior número de registros, seguida por Caxias do Sul e Gravataí. 

As cidades da RGE com o maior número de ocorrências por queimadas:
Erechim | 10 ocorrências; Caxias do Sul | 7 ocorrências; Gravataí | 7 ocorrências; Planalto | 5 ocorrências; Passo Fundo | 3 ocorrências; Santo Ângelo | 3 ocorrências.

Embora as queimadas façam parte da cultura do produtor rural do Rio Grande do Sul, em muitos casos a legislação é burlada e o fogo se alastra para próximo da rede de distribuição e transmissão de energia. Esses incêndios, invariavelmente, são responsáveis pelo desabastecimento momentâneos de comunidades inteiras e dificultam o trabalho das equipes de campo da RGE. Ainda que alguns desligamentos sejam breves e não sejam sentidos pela população, acabam comprometendo o trabalho o maquinário instalado em indústrias, que demandam mais tempo para retomar a atividade e causam prejuízo a toda cadeia produtiva.

Mesmo que as chamas não atinjam os cabos da rede, o calor gerado pelo fogo é suficiente para danificar o sistema pela criação do efeito conhecido como arco-voltaico. O fenômeno que se configura pela propagação da energia pelo ar. O calor ainda compromete os componentes, deixando-os mais vulneráveis às adversidades climáticas, como fortes rajadas de vento e descargas atmosféricas. A fuligem ocasionada pelas queimadas também aquece o ar, podendo provocar superaquecimento dos cabos, o que aumenta a possibilidade de um curto-circuito e do rompimento de cabos.

Conforme o gestor do Centro de Operações Integrado da RGE, Rodrigo Bertani, os desligamentos provocados por queimadas, mesmo que momentâneos, os chamados “piscas”, afetam todo o sistema elétrico e obrigam, em alguns casos, a realização de manobras emergenciais para remanejar carga e evitar o desabastecimento de um número significativo de consumidores ou clientes prioritários, como escolas, hospitais e postos de saúde.

"Os incêndios que atingem a rede por causa de queimadas em área de plantio, por exemplo, podem ser evitados com cuidados básicos, como o respeito a faixa de servidão das linhas e a utilização de culturas que não necessitem esse tipo de manejo para o controle de pragas”.

Dicas para o convívio adequado entre rede elétrica e queimadas:
Não realize queimadas em áreas próximas às redes elétricas;
- Faça "aceiros" para controlar o fogo;
- Respeite a "faixa de servidão" das linhas de transmissão ao realizar o plantio;
- Não solte balões. Além de ser proibido por lei, o balão provoca incêndios;
- Não jogue pontas de cigarro acesas nas matas ou em acostamentos das rodovias. 
- Ao identificar um foco de incêndio, avise a Guarda Florestal e o Corpo de Bombeiros
- Se for às margens de uma rodovia ou próximo de uma rede elétrica, avise também a concessionária responsável.

Fonte: Intelog