Marcadores

Mostrar mais

Logística integrada: intermodalidade é vista como alavanca de negócios e gerador de economia de escala aos importadores e exportadores

Em parceria com a MRS, Sepetiba Tecon lançou solução porto-a-porta que possibilita descarregar os contêineres no porto e realizar entrega no destino via ferrovia

“Considerando as dimensões continentais do Brasil, a intermodalidade é a única forma de se viabilizar uma logística integrada”. A afirmação é do gerente comercial do Sepetiba Tecon, Maurício Simões Lopes. Vista como uma importante cadeia para uma melhor competitividade do setor e da logística como um todo, a intermodalidade hoje é um passo para que os resultados da cadeia produtiva sejam eficientes e positivos.

Nesse sentido, em parceria com a MRS, o Tecon lançou uma solução porto-a-porta que possibilita descarregar os contêineres no porto e realizar a entrega no destino via ferrovia. O Porto-a-Porta conta ainda com seguro reduzido da carga (ad valorem 0,03%) e opera no sistema round-trip que inclui o retorno ou coleta dos contêineres vazios. “A nossa vantagem é que estamos localizados em um porto com acessos ferroviário e rodoviário excelentes, o que nos permite tirar o máximo de proveito da intermodalidade, com resultados expressivos para as cadeias de valor dos segmentos siderúrgico, automotivo, mineral/metálico, químico e alimentício, dentre outros”, ressalta Simões Lopes.

Segundo o executivo a escolha pela MRS veio de encontro a um parceiro que também oferecesse aos clientes, um padrão de qualidade excelente. “A MRS está levando o transporte de contêineres muito a sério, por isso está crescendo mais de 60% esse ano nesse segmento. A nossa opinião é que ainda há muitas ineficiências logísticas que podem ser convertidas em oportunidades no mercado e que esse é um caminho sem volta. Quando o cliente “descobre” que ele pode fazer mais pagando menos, nunca mais volta atrás”.

Um grande desafio para as organizações que querem se destacar pelo alto padrão de qualidade dos produtos e serviços – de modo a atender da melhor maneira às necessidades do mercado e dos clientes – o novo serviço, na opinião do gerente comercial mudará radicalmente a forma como as empresas fazem a logística terrestre das suas cargas, além de reduzir os patamares de custos a níveis ainda mais competitivos. “Quanto mais cargas conseguirmos colocar no trem, melhor o serviço será, pois, os volumes começarão a viabilizar “trens expressos”, que reduzirão consideravelmente os tempos de trânsito terrestres”.

Acreditando na intermodalidade como alavanca de negócios e gerador de economia de escala aos importadores e exportadores, o executivo acrescenta que além de todos os benefícios oferecidos pela integração, os clientes poderão eliminar etapas ineficientes de suas cadeias, viabilizando principalmente a exportação de cargas. “Elas são mais sensíveis aos custos logísticos, como commodities agrícolas e mineral/metálicas, que ainda passam por um processo de conteinerização no Brasil”.

A crise vira oportunidade
A solução porto-a-porta oferecida pelas empresas já está operando de forma regular com 5 clientes, nas rotas de BH e Pólo Automotivo, tanto com cargas de longo curso como cabotagem. “Em um dos casos, inclusive, com aproveitamento de contêineres, eliminando assim, o custo com o transporte de vazios”, ressaltou ele, acrescentando ainda considerar o serviço um sucesso, com tendência de consolidação e forte crescimento em 2016.

Em um ano em que a crise no Brasil leva o setor a questionar custos, Alencar ressalta saber ser esses um dos fatores que tem levado os clientes a reavaliarem as suas soluções logísticas, porém destaca que isso vai de encontro a proposta da companhia. “Se o cenário econômico fosse outro, talvez o mercado não estivesse tão interessado em avaliar novas alternativas. Dessa maneira, consideramos essa solução alinhada e aderente à estratégia geral de redução de custos dos clientes”.

Para 2016, o executivo diz estar preparado. “Sempre tivemos uma preocupação grande com austeridade e por isso estamos bem preparados para o ano que vem. Ainda no primeiro semestre realizaremos a dragagem de manutenção que eliminará algumas restrições de manobras que hoje temos em nossos berços”.

Ainda em análise, o executivo ressalta diversos projetos, planos de expansão e investimentos em desenvolvimento, que segundo ele, incluem a compra de novos equipamentos, adequação para operação de navios da nova classe Panamax e infraestrutura. “Após a consolidação das mudanças dos processos operacionais realizadas em 2014/2015, estamos investindo na capacitação da mão de obra e na estruturação dos processos comerciais e de relacionamento com o cliente e buscando a atração de novas linhas de navegação, que possam usufruir das vantagens estratégicas do terminal”.

As perspectivas econômicas, avalia, “influenciadas pelo ambiente externo e político, continuam desafiadoras para 2016”. Segundo ele, as previsões são de manutenção dos patamares da taxa de câmbio, elevação das taxas de juros e queda no PIB, “mas apesar disso as nossas vantagens estratégicas permitirão o crescimento dos volumes movimentados em comparação a 2015. Além disso, estamos desenvolvendo diversas iniciativas para ampliar a gama de serviços ofertados e a otimização de processos relacionados”, finaliza o gerente comercial.


Fonte: Guia Marítimo